Université de
Genève - Faculté
de psychologie et des sciences de l'éducation - Sciences
de l'éducation
Philippe
Perrenoud
Porquê construir competências a partir da escola ?
Desenvolvimento da autonomia e luta contra as desigualdades,
Porto : ASA Editores
2001
Este livro
reúne um conjunto de textos recentes em que se faz um ponto de
situação sobre as razões, o sentido e os
horizontes de um ensino orientado pela preocupação de
desenvolver competências. Na introdução, o autor
afirma:
" Se defendo a
abordagem por competências, é porque as críticas
e as dùvidas me parecem ter respostas se nos dermos ao
trabalho de as entender e debater. Mas é sobretudo porque vejo
nesta abordagem um grande progresso, num triplo
registo :
- no das
finaliclades, porque o projecto visa mais dar prioridade aos saberes
ùteis na vida das pessoas do que preparar uma minoria para os
estudos mais selectivos;
- no do sentido do
trabalho e dos saberes escolares, da relação com o
saber e a acção; religar os saberes às
pràticas sociais é a mais segura maneira de conferir
sentido aos olhos dos alunos...
- no registo
didáctico e pedagógico, se as reformas curriculares
cumprirem a sua lógica induzirão um desenvolvimento
profissional dos professores no âmbito cas visôes
construtivistas e activas da aprendizagem...
Para là
chegar, hà numerosas resistências a vencer e muitos
obstáculos a ultrapassar ".
Philippe Perrenoud
é sociôlogo e professor na Universidade de Genebra.
Os seus trabalhos sobre a construção das desigualdades
e o insucesso escolar conduziram-no a interessar-se pela
diferenciação do ensino e mais globalmente pelo
currículo.
ISBN
972-41-2692-7
Sumário
Prefácio -
Paulo Abrantes
Introdução.
Desenvolver competências a partir da escola?
- As
críticas e os receios
- As
resistências menos confessáveis
- Os problemas
abertos
- Plano da
obra
1. Construir
competências é virar as costas aos saberes ?
*
- Não
há competências sem saberes
- Uma
competência mobiliza saberes
- Que
competências privilegiar?
- Assumir o reverso
da medalha
2. Abordagem por
competências: uma resposta ao insucesso escolar?*
- Desenvolver
competências na formação geral
- Para que a
abordagem por competências seja democratizante
- Os professores e
a sua relação com o saber
- Abordagem por
competências e pedagogia diferenciada
- Para
concluir
3. A chave dos campos
sociais: ensaio sobre as competências de um actor
autónomo*
- Colocar a
questão ou como resistir à tentação do
"politicamente correcto"?
- Competências
transversais?
- Agir num campo
social
- Defender os
próprios direitos e interesses, uma
competência?
- Quais as
competências para ser autónomo?
- Saber
identificar, avaliar e fazer valer os seus recursos,
direitos,limites e necessidades
- Saber,
individualmente ou em grupo, formar e conduzir projectos,
desenvolver estratégias
- Saber analisar
situações, relações, campos de
força de forma sistémica
- Saber cooperar,
agir em sinergia, participar num colectivo, partilhar uma
liderança
- Saber construir e
animar organizações e sistemas de
acção colectiva do tipo
democrático
- Saber gerir e
ultrapassar os conflitos
- Jogar com as
regras, servir-se delas, elaborá-las
- Saber construir
as ordens negociadas que ultrapassem as diferenças
culturais
- Formar para uma
prática reflexiva
- Uma autonomia
contida
- Agir como
praticante reflexivo
- Dois
princípios de base
4. Aprender na escola
através de projectos : porquê? como?
- Desencadear a
mobilização dos saberes e saber-fazer adquiridos,
construir competências
- Implementar
práticas sociais que aumentam o sentido dos saberes e das
aprendizagens escolares
- Descobrir novos
saberes, novos mundos, numa perspectiva de
sensibilização ou de
"motivação"
- Colocar à
frente obstáculos que não podem ser superados
senão à custa de novos saberes, a realizar fora do
projecto
- Provocar novas
aprendizagens no próprio quadro do projecto
- Permitir
identificar os conhecimentos e as faltas numa perspectiva de
auto-avaliação e de
avaliação-balanço
- Desenvolver a
cooperação e a inteligência
colectiva
- Ajudar cada aluno
a ter confiança em si próprio, reforçar a
identidade pessoal e colectiva através de uma forma de
empowerment, da adopção de um poder de
actor
- Desenvolver a
autonomia e a capacidade de fazer e negociar escolhas
- Formar para a
concepção e condução de
projectos
- Benefícios
secundários
- Conclusão
-
Livros
e artigos de Philippe Perrenoud em
português
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